A Câmara de Campinas que ganhou repercussão nacional por moções e projetos polêmicos, aprovou na sessão desta quarta-feira (16) um requerimento de aplauso ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
O requerimento do vereador Paulo Galtério (PSB) foi aprovado praticamente sem discussão, com ampla maioria e apenas quatro votos contrários. Apenas Paulo Bufalo (Psol) usou a tribuna para discursar contra a proposta, que considerou "lamentável a iniciativa de aplaudir um cidadão eleito com posições machistas, xenofóbicas (antipatia pelo estrangeiro), com posições que aparta a sociedade".
Após a confirmação da vitória do republicano Donald Trump, no último dia 09, bolsas do mundo todo registraram fortes quedas nas ações. A ascensão de Trump é vista com desconfiança pelos mercados e é temida por líderes internacionais, isso porque durante a campanha ele afirmou que irá deportar latinos, aumentar o protecionismo nacional, construir um muro para separar o México dos Estados Unidos, entre outras pautas conservadoras.
Em abril, oito dias após o deputado Jair Bolsonaro (PSC) apoiar a votação do impeachment e invocar a “memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”, os parlamentares aprovaram uma moção de repúdio a essa reverência.
O deputado protestou contra o posicionamento e chamou os vereadores de “otários” em entrevistas à imprensa. Em contra-ataque, a Câmara declarou Bolsonaro persona non grata em Campinas, sua cidade natal.
O parlamentar Jota Silva (PSB) tentou emplacar em novembro de 2015 um projeto para instalar um letreiro, semelhante ao de Hollywood, com os dizeres “Campinas, terra de Carlos Gomes”, a medida não avançou.
Já em outubro, Campos Filhos (DEM), propôs uma moção - que foi aprovada e encaminhada ao Ministério da Educação - para anular uma questão do Enem daquele ano que citava a filósofa feminista, Simone de Beauvoir. "É uma iniciativa (do governo federal) demoníaca. Porque eles estão querendo empurrar (o conceito) goela abaixo das pessoas quando se coloca uma situação dessas na prova do Enem", disse à época.
Em agosto de 2015, novamente Jota Silva (PSB) propôs um projeto de lei para celebrar o “Dia do Gol da Alemanha”, o objetivo era comemorar oficialmente no calendário da cidade a data que marcou o maior massacre do futebol brasileiro, quando o técnico Felipão e seus comandados levaram uma surra de 7 a 1 dos germânicos, no Mineirão, na Copa de 2014.
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