
Reprodução de TV
Delegado entra armado com carabina em loja de posto de combustível
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Corregedoria da Polícia Civil abriram procedimento administrativo para apurar a atitude de um delegado de Diadema em um posto de combustível na noite do último sábado, no bairro Taquaral em Campinas. O policial estava na companhia de um amigo e com uma carabina calibre 12 entrou na loja de conveniência e deu pelo menos três tiros. Os disparos atingiram o chão do estabelecimento, o teto e o aparelho de TV. Ninguém se feriu. Após os tiros, os dois homens deixaram o local em uma Toyota Feldier prata. De acordo com funcionários da loja, o delegado e o amigo foram embora sem pagar pelo consumo de bebidas e cigarros.
À polícia, os funcionários da loja contaram que por volta das 21h, um homem chegou ao local e disse que era policial federal de São Paulo. Ele estava acompanhado de outro homem e ambos estavam armados. O delegado teria dito que as armas eram de brinquedo. Ainda segundo os funcionários, os homens passaram a manusear as armas, momento que o delegado atirou para o chão e alegou que tinha sido acidental. Em seguida teria dado outros dois disparos propositais.

O caso foi registrado como apreensão de objeto e disparo de arma e está sendo apurado pelo 4º Distrito Policial (DP) no bairro Taquaral, em Campinas.
A reportagem do Correio Popular apurou que o delegado atua como plantonista em um distrito policial de Diadema e em 2015 ele teria movido uma ação junto ao Tribunal de Justiça (TJ) contra a decisão do delegado seccional em transferi-lo de unidade. Na época ele dizia se sentir perseguido por apreender centenas de máquinas caça-níqueis em uma operação deflagrada em fevereiro daquele ano, por ele com a ajuda da Guarda Municipal da cidade, sem comunicar os superiores.
Em dezembro passado, ele conseguiu derrubar a determinação do delegado seccional e se manteve na mesma delegacia.
Em nota enviada à redação, a Corregedoria da Polícia Civil confirmou que o policial é delegado e apenas informou que instaurou inquérito para apurar a conduta do “delegado de Diadema”, sem identificar o nome do policial. Também não informou se o servidor foi afastado do cargo enquanto ocorre a apuração.
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