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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Redes sociais se aliam contra 'conteúdos terroristas'

Nenhuma mensagem será retirada ou bloqueada automaticamente, e corresponderá a cada empresa avaliar se os conteúdos identificados violam suas próprias regras
Divulgação
Nenhuma mensagem será retirada ou bloqueada automaticamente, e corresponderá a cada empresa avaliar se os conteúdos identificados violam suas próprias regras
Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube anunciaram nesta segunda-feira (5) uma associação em escala mundial para identificar mais rapidamente "conteúdos com caráter terrorista" em suas plataformas.
As quatro empresas americanas planejam criar uma base de dados comum que inclua as "impressões digitais" de fotos e vídeos de propaganda e de recrutamento "terroristas" retirados de suas plataformas, segundo mensagem comum publicada em seus respectivos sites.
"Ao compartilhar estas informações entre nós, podemos utilizar (estas impressões digitais) para ajudar a identificar conteúdos potencialmente terroristas em nossas respectivas plataformas dirigidas ao grande público".
Mas nenhuma mensagem será retirada ou bloqueada automaticamente, e corresponderá a cada empresa avaliar se os conteúdos identificados violam suas próprias regras.
Cada uma decidirá também, de forma independente, que imagens e vídeos acrescenta à base de dados comum, que será iniciada com as imagens e vídeos "mais extremos e flagrantes" retirados de suas plataformas.
A iniciativa chega no momento em que Estados Unidos, Comissão Europeia e uma série de governos multiplicam seus apelos às redes sociais para que intensifiquem sua luta contra a propaganda jihadista on-line.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

10 perguntas para entender o conflito entre israelenses e palestinos

Tanque israelense próximo à fronteira da Faixa de Gaza (foto: Epa)Image copyrightEPA
Image captionUm mês após o início da guerra na Faixa de Gaza, israelenses e palestinos vivem período de trégua
Israel anunciou a retomada dos ataques aéreos a Gaza, após militantes palestinos terem disparados foguetes contra o território israelense após o final de um período de 72 horas de cessar-fogo, encerrado na manhã desta sexta-feira.
O Exército israelense classificou os ataques como "inaceitáveis, intoleráveis e míopes". O grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, havia rejeitado a extensão do cessar-fogo, alegando que Israel não atendeu suas demandas.
O atual conflito na Faixa de Gaza já dura um mês, sem perspectivas de um acordo de longo prazo que coloque fim à violência que já matou mais de 1.900 pessoas, a maioria civis.
As cicatrizes do confronto são visíveis, principalmente na Faixa de Gaza. De acordo com a ONU, cerca de 373 mil crianças irão necessitar de apoio psicossocial. Aproximadamente 485 mil pessoas foram deslocadas para abrigos de emergência ou casas de outras famílias palestinas.
Além disso, 1,5 milhão de pessoas que não vivem em abrigos estão sem acesso a água potável.
Mas para compreender o conflito israelense-palestino é preciso olhar além dos números.
A BBC responde a dez perguntas básicas para entender por que esse antigo conflito entre israelenses e palestinos é tão complexo e polarizado.

1. Como o conflito começou?

Image copyrightAP
O movimento sionista, que procurava criar um Estado para os judeus, ganhou força no início do século 20, incentivado pelo antissemitismo sofrido por judeus na Europa.
A região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada para muçulmanos, judeus e católicos, pertencia ao Império Otomano naquele tempo e era ocupada, principalmente, por muçulmanos e outras comunidades árabes. Mas uma forte imigração judaica, alimentada por aspirações sionistas, começou a gerar resistência entre as comunidades locais.
Após a desintegração do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu um mandato da Liga das Nações para administrar o território da Palestina.
Mas, antes e durante a guerra, os britânicos fizeram várias promessas para os árabes e os judeus que não se cumpririam, entre outras razões, porque eles já tinham dividido o Oriente Médio com a França. Isso provocou um clima de tensão entre árabes e nacionalistas sionistas que acabou em confrontos entre grupos paramilitares judeus e árabes.
Após a Segunda Guerra Mundial e depois do Holocausto, aumentou a pressão pelo estabelecimento de um Estado judeu. O plano original previa a partilha do território controlado pelos britânicos entre judeus e palestinos.
Após a fundação de Israel, em 14 de maio de 1948, a tensão deixou de ser local para se tornar questão regional. No dia seguinte, Egito, Jordânia, Síria e Iraque invadiram o território. Foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos judeus como a guerra de independência ou de libertação. Depois da guerra, o território originalmente planejado pela Organização das Nações Unidas para um Estado árabe foi reduzido pela metade.
Para os palestinos, começava ali a nakba, palavra em árabe para "destruição" ou "catástrofe": 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.
Mas 1948 não seria o último ano de confronto entre os dois povos. Em 1956, Israel enfrentou o Egito em uma crise motivada pelo Canal de Suez, mas o conflito foi definido fora do campo de batalha, com a confirmação pela ONU da soberania do Egito sobre o canal, após forte pressão internacional sobre Israel, França e Grã-Bretanha.
Em 1967, veio a batalha que mudaria definitivamente o cenário na região - a Guerra dos Seis Dias. Foi uma vitória esmagadora para Israel contra uma coalizão árabe. Após o conflito, Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, do Egito; a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) da Jordânia; e as Colinas de Golã, da Síria. Meio milhão de palestinos fugiram.
Israel e seus vizinhos voltaram a se enfrentar em 1973. A Guerra do Yom Kippur colocou Egito e Síria contra Israel numa tentativa dos árabes de recuperar os territórios ocupados em 1967.
Em 1979, o Egito se tornou o primeiro país árabe a chegar à paz com Israel, que desocupou a Península do Sinai. A Jordânia chegaria a um acordo de paz em 1994.

2. Por que Israel foi fundado no Oriente Médio?

A religião judaica diz que a área em que Israel foi fundado é a terra prometida por Deus ao primeiro patriarca, Abraão, e seus descendentes.
A região foi invadida pelos antigos assírios, babilônios, persas, macedônios e romanos. Roma foi o império que nomeou a região como Palestina e, sete décadas depois de Cristo, expulsou os judeus de suas terras depois de lutar contra os movimentos nacionalistas que buscavam independência.
Com o surgimento do Islã, no século 7 d.C., a Palestina foi ocupada pelos árabes e depois conquistada pelas cruzadas europeias. Em 1516, estabeleceu-se o domínio turco, que durou até a Primeira Guerra Mundial, quando o mandato britânico foi imposto.
A Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina disse em seu relatório à Assembleia Geral em 3 de setembro de 1947 que as razões para estabelecer um Estado judeu no Oriente Médio eram baseados em "argumentos com base em fontes bíblicas e históricas", na Declaração de Balfour de 1917 - em que o governo britânico se pôs favorável a um "lar nacional" para os judeus na Palestina - e no mandato britânico na Palestina.
Reconheceu-se a ligação histórica do povo judeu com a Palestina e as bases para a constituição de um Estado judeu na região.
Após o Holocausto nazista contra milhões de judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, cresceu a pressão internacional para o reconhecimento de um Estado judeu.
Sem conseguir resolver a polarização entre o nacionalismo árabe e o sionismo, o governo britânico levou a questão à ONU.
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral aprovou um plano de partilha da Palestina, que recomendou a criação de um Estado árabe independente e um Estado judeu e um regime especial para Jerusalém.
O plano foi aceito pelos israelenses mas não pelos árabes, que o viam como uma perda de seu território. Por isso, nunca foi implementado.
Um dia antes do fim do mandato britânico da Palestina, em 14 de maio de 1948, a Agência Judaica para Israel, representante dos judeus durante o mandato, declarou a independência do Estado de Israel.
No dia seguinte, Israel solicitou a adesão à ONU, condição que alcançou um ano depois. Hoje, 83% dos membros da ONU reconhecem Israel (160 de 192).

3. Por que há dois territórios palestinos?

Relatório da Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina à Assembleia Geral, em 1947, recomendou que o Estado árabe incluiria a área oeste da região da Galileia, a região montanhosa de Samaria e Judeia com a exclusão da cidade de Jerusalém e a planície costeira de Isdud até a fronteira com o Egito.
Mas a divisão do território foi definida pela linha de armistício de 1949, estabelecida após a primeira guerra árabe-israelense.
Os dois territórios palestinos são a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e a Faixa de Gaza. A distância entre eles é de cerca de 45 km de distância. A área é de 5.970 km2 e 365 km2, respectivamente.
Originalmente ocupada por Israel, que ainda mantém o controle de sua fronteira, Gaza foi ocupada pelo Exército israelense na guerra de 1967 e foi desocupada apenas em 2005. O país, no entanto, mantém um bloqueio por ar, mar e terra que restringe a circulação de mercadorias, serviços e pessoas.
Gaza é atualmente controlada pelo Hamas, o principal grupo islâmico palestino que nunca reconheceu os acordos assinados entre Israel e outras facções palestinas.
A Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina, governo palestino reconhecido internacionalmente, cujo principal grupo, o Fatah, é laico.

4. Israelenses e palestinos nunca se aproximaram da paz?

Após a criação do Estado de Israel e o deslocamento de milhares de pessoas que perderam suas casas, o movimento nacionalista palestino começou a se reagrupar na Cisjordânia e em Gaza, controlados pela Jordânia e Egito, respectivamente, e nos campos de refugiados criados em outros países árabes.
Pouco antes da guerra de 1967, organizações palestinas como o Fatah, liderado por Yasser Arafat, formaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e lançaram operações contra Israel, primeiro a partir da Jordânia e, depois, do Líbano. Os ataques também incluíram alvos israelenses em solo europeu.
Em 1987, teve-se início o primeiro levante palestino contra a ocupação israelense. A violência se arrastou por anos e deixou centenas de mortos. Um dos efeitos da intifada foi a assinatura, entre a OLP e Israel em 1993, dos acordos de paz de Oslo, nos quais a organização palestina renunciou à "violência e ao terrorismo" e reconheceu o "direito" de Israel "de existir em paz e segurança", um reconhecimento que o Hamas nunca aceitou.
Após os acordos assinados em Oslo, foi criada a Autoridade Nacional Palestina, que representa os palestinos nos fóruns internacionais. O presidente é eleito por voto direto. Ele, por sua vez, escolhe um primeiro-ministro e os membros de seu gabinete. Suas autoridades civis e de segurança controlam áreas urbanas (zona A, segundo Oslo). Somente representantes civis - e não militares - governam áreas rurais (área B).
Jerusalém Oriental, considerada a capital histórica de palestinos, não está incluída neste acordo e é uma das questões mais polêmicas entre as partes.
Mas, em 2000, a violência voltou a se intensificar na região, e teve início a segunda intifada palestina. Desde então, israelenses e palestinos vivem num estado de tensão e conflito permanentes.

5. Quais são os principais pontos de conflito?

Bill Clinton (à esq.) e Yasser Arafat (à. dir) Foto: APImage copyrightAP
A demora na criação de um Estado palestino independente, a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e a barreira construída por Israel - condenada pelo Tribunal Internacional de Haia - complicam o andamento de um processo paz.
Mas estes não são os únicos obstáculos, como ficou claro no fracasso das últimas negociações de paz sérias, em Camp David, nos Estados Unidos, em 2000, quando o então presidente Bill Clinton não conseguiu chegar a um acordo entre Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak.
As diferenças que parecem irreconciliáveis são:
Jerusalém: Israel reivindica soberania sobre a cidade inteira (sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos) e afirma que a cidade é sua capital “eterna e indivisivel”, após ocupar Jerusalém Oriental em 1967. A reivindicação não é reconhecida internacionalmente. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como sua capital.
Fronteiras: os palestinos exigem que seu futuro Estado seja delimitado pelas fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967, antes do início da Guerra dos Seis Dias, o que incluiria Jerusalém Oriental, o que Israel rejeita.
Assentamentos: ilegais sob a lei internacional, construídos pelo governo israelense nos territórios ocupados após a guerra de 1967. Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental há mais de meio milhão de colonos judeus.
Refugiados palestinos: os palestinos dizem que os refugiados (10,6 milhões, de acordo com a OLP, dos quais cerca de metade são registrados na ONU) têm o direito de voltar ao que é hoje Israel. Mas, para Israel, permitir o retorno destruiria sua identidade como um Estado judeu.

6. A Palestina é um país?

A ONU reconheceu a Palestina como um "Estado observador não membro" no final de 2012, deixando de ser apenas uma "entidade” observadora.
A mudança permitiu aos palestinos participar de debates da Assembleia Geral e melhorar as chances de filiação a agências da ONU e outros organismos.
Mas o voto não criou um Estado palestino. Um ano antes, os palestinos tentaram, mas não conseguiram, apoio suficiente no Conselho de Segurança.
Quase 70% dos membros da Assembleia Geral da ONU (134 de 192) reconhecem a Palestina como um Estado.

7. Por que os EUA são o principal parceiro de Israel? Quem apoia os palestinos?

A existência de um importante e poderoso lobby pró-Israel nos Estados Unidos e o fato da opinião pública ser frequentemente favorável a Israel faz ser praticamente impossível a um presidente americano retirar apoio a Israel.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela BBC no ano passado em 22 países, os EUA foram o único país ocidental com opinião favorável a Israel, e o único país na pesquisa com uma maioria de avaliações positivas (51%).
Além disso, ambos os países são aliados militares: Israel é um dos maiores receptores de ajuda americana, grande parte destinada a subsídios para a compra de armas.
Palestinos não têm apoio aberto de nenhuma potência.
Na região, o Egito deixou de apoiar o Hamas, após a deposição pelo Exército do presidente islamita Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana - historicamente associada ao Hamas. Hoje em dia o Catar é o principal país que apoia o Hamas.

8. Por que estão se enfrentando agora?

Após o colapso das negociações de paz patrocinadas pelos Estados Unidos e o anúncio, no início de junho, de um governo de união nacional entre as facções palestinas Fatah e Hamas, considerado inaceitável por Israel, iniciou-se uma nova onda de violência.
No dia 12 de junho, três jovens israelenses foram sequestrados na Cisjordânia e, dias depois, encontrados mortos. Israel culpou o Hamas e prendeu centenas de membros do grupo.
Israel reconheceu posteriormente que não poderia garantir se os responsáveis teriam sido o Hamas ou um grupo independente.
Após as prisões, o Hamas disparou foguetes contra território israelense. Israel lançou ataques aéreos em Gaza.
Em 2 de julho, um dia após o funeral dos jovens israelenses, um palestino de 16 anos foi sequestrado em Jerusalém Oriental e assassinado. Três israelenses foram acusados de queimá-lo vivo e, em Gaza, houve um aumento do disparo de foguetes contra Israel.
No dia 8 de julho, o Exército de Israel lançou uma operação contra militantes do Hamas na Faixa de Gaza.

9. Como israelenses e palestinos justificam a violência?

A decisão de iniciar uma incursão terrestre em Gaza tem, segundo Israel, um objetivo: desarmar os militantes palestinos e destruir os túneis construídos pelo Hamas e outros grupos a fim de se infiltrar em Israel para realizar ataques.
Israel quer o fim do lançamento de foguetes do Hamas contra território israelense. A maioria dos foguetes não tem nenhum impacto, já que o país conta com um sistema antimísseis avançado, o Domo de Ferro.
Israel diz ter o direito de defender-se e acusa o Hamas de usar escudos humanos e realizar ataques a partir de áreas civis em Gaza. O grupo palestino nega.
O Hamas diz que lança foguetes contra Israel em legítima defesa, em retaliação à morte de partidários do grupo por Israel e dentro de seu direito de resistir à ocupação e ao bloqueio.

10. O que falta para que haja uma oportunidade de paz duradoura?

Tropas israelenses (foto: AP)Image copyrightAP
Israelenses teriam de aceitar a criação de um Estado soberano para os palestinos, o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e o término das restrições à circulação de pessoas e mercadorias nas tres áreas que formariam o Estado palestino: Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza.
Grupos palestinos deveriam renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel.
Além disso, eles teriam que chegar a acordos razoáveis sobre fronteiras, assentamentos e o retorno de refugiados.
No entanto, desde 1948, ano da criação do Estado de Israel, muitas coisas mudaram, especialmente a configuração dos territórios disputados após as guerras entre árabes e israelenses.
Para Israel, estes são fatos consumados, mas os palestinos insistem que as fronteiras a serem negociadas devem ser aquelas existentes antes da guerra de 1967.
Além disso, enquanto no campo militar as coisas estão cada vez mais incontroláveis na Faixa de Gaza, há uma espécie de guerra silenciosa na Cisjordânia, com a construção de assentamentos israelenses, o que reduz, de fato, o território palestino nestas áreas.
Mas talvez a questão mais complicada pelo seu simbolismo seja Jerusalém, a capital tanto para palestinos e israelenses.
Tanto a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, quanto o grupo Hamas, em Gaza, reinvindicam a parte oriental como a capital de um futuro Estado palestino, apesar de Israel tê-la ocupado em 1967.
Um pacto definitivo nunca será possível sem resolver este ponto.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Obama alerta para o perigo de um "nacionalismo rude" de Trump e Le Pen Leia mais: Obama alerta para o perigo de um "nacionalismo rude" de Trump e Le Pen http://www.jn.pt/mundo/interior/obama-alerta-para-o-perigo-de-um-nacionalismo-rude-de-trump-e-le-pen-5499551.html#ixzz4Q7eInkbg Follow us: jornalnoticias on Facebook

Em vídeo, Estado Islâmico ameaça atacar a Rússia: "Vamos matar todos vocês"

Os extremistas se dirigiram ao presidente Vladimir Putin; em resposta, o governo russo disse que não dará importância à tentativa de intimidação

Em nove minutos, as imagens mostram militantes armados e atacando veículos blindados e tendas no deserto
Reprodução/Youtube
Em nove minutos, as imagens mostram militantes armados e atacando veículos blindados e tendas no deserto

Em um vídeo de nove minutos publicado neste domingo (31) em redes sociais, o grupo extremista Estado Islâmico declarou que pretende realizar ataques na Rússia. A autenticidade das imagens – cuja circulação também ocorre em grupos do aplicativo de mensagens Telegram – ainda não foi confirmada pelas autoridades. Em abril, um vídeo similar divulgado pelo Estado Islâmico ameaçava derrubar o Torre Eiffel, em Paris.  
"Escute, Putin: nós vamos para a Rússia e vamos matar todos vocês em suas casas. Oh, irmãos. Conduzam a jihad [guerra santa] e matem-nos e combatam-nos", diz um militante do Estado Islâmico, com o rosto coberto. Além da fala, as imagens mostram homens armados atacando veículos blindados e tendas no deserto.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (1º), o governo de Moscou diminuiu a relevância da ameaça. "Não devemos exagerar na importância dessas filmagens. Certamente, visto que a luta se amplia e eles estão encurralados, os terroristas usaram a tática da intimidação", disse o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
Ainda segundo Peskov, "ameaças" como as que aparecem no vídeo "não podem influenciar, de maneira alguma, a linha seguida pela Rússia e pelo presidente Vladimir Putin na luta contra o terrorismo, que continua em todas as direções".
O recado começou a circular pouco tempo depois das primeiras conversas entre Rússia e Estados Unidos sobre o combate ao terrorismo. Ambos os países lutam contra o Estado Islâmico, mas, até então, essa atuação se dava separadamente.
As ameaças divulgadas no vídeo do Estado Islâmico se referem diretamente ao presidente russo Vladmir Putin
Maxim Shemetov/Associated Press/Estadão Conteúdo
As ameaças divulgadas no vídeo do Estado Islâmico se referem diretamente ao presidente russo Vladmir Putin

Helicóptero abatido

O ministério russo da Defesa confirmou nesta segunda-feira que um helicóptero foi abatido na província de Idlib, na Síria. Apesar de confirmar o ocorrido, o órgão não sabe o que aconteceu com as cinco pessoas a bordo da aeronave – três tripulantes e dois oficiais do Centro de Reconciliação da Rússia na Síria.
"No dia 1º de agosto, um helicóptero de transporte russo MI-8 foi abatido com fogo proveniente da terra, enquanto dirigia-se à base de Hmeymim após ter fornecido ajuda humanitária à cidade de Aleppo. Todos os recursos disponíveis estão sendo empregados para descobrir o que ocorreu com os militares russos", informou o Ministério, em nota.
*Com informações da Agência Brasil
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    TURQUIA ANUNCIA QUE DESEJA ‘EXPANDIR’ TERRITÓRIO E PODERIA INVADIR ISRAEL

    Resultado de imagem para erdogan ottoman

    O presidente da Tuquia, Recep Taiyyp Erdogan, voltou a dar mostras que pretende restaurar o poder que seu país tinha quando liderava o Império Otomano. Também deixa claro sua intenção de restaurar o califado que existiu entre 1299 e 1922 e no seu auge dominava uma área que incluía países como Síria e Israel.

    Durante uma cerimônia que marcou o aniversário da morte do fundador da República da Turquia, , Erdogan lamentou que o país não tenha mais o vasto território que já dominou um dia.

    “Não podemos ser prisioneiros de 780 mil km quadrados”, afirmou. “As nossas fronteiras físicas são uma coisa, mas as nossas fronteiras do coração são outra totalmente diferente. Nossos irmãos da Crimeia, do Cáucaso, de Alepo, de Mossul (…) podem estar fora das nossas fronteiras físicas, mas estão dentro das fronteiras do nosso coração”, reiterou o presidente diante de uma multidão.


    Essa ideologia “neo-otomana”, que está centrada numa administração centralizada na figura do presidente, ganhou força após o golpe de estado fracassado em meados deste ano.

    Erdogan defende a recuperação de sua influência política nas regiões que faziam parte do Império Otomano (que se estendeu pela Europa, Ásia e Médio Oriente). Estas declarações expansionistas vêm sendo comuns quando o líder turco fala sobre intervenções militares no Iraque e na Síria.

    A Turquia aproveitou a fragilidade dos territórios vizinhos após a guerra com radicais como o Estado Islâmico, para atacar regiões curdas que reivindica como parte do seu território. Também colocou tropas junto da fronteira com o Iraque. O governo de Bagdá advertiu Erdogan para não entrar no território vizinho, ameaçando iniciar uma guerra turco-iraquiana.

    Como a Turquia faz parte da OTAN, seu tratado determina que uma agressão a um membro determina a intervenção de todo o bloco. Isso apenas criaria mais um ato de guerra na complicada situação que vive o Oriente Médio.

    Ao mesmo tempo, em nome do combate ao terrorismo, ele já anunciou que poderia tomar parte da Síria, que atualmente se encontra desguarnecida por que seu exército está concentrado nos combates contra o Estado Islâmico na região de Raqqa.

    Como existem soldados turcos e diferentes frentes no Iraque e na Síria, analistas acreditam que uma vez que o Estado Islâmico seja derrotado, a Turquia poderá tentar conquistar essas regiões. Na lista de locais que Erdogan já sinalizou desejar “de volta” estão ilhas gregas e Chipre, que a Turquia invadiu em 1974.
    Reescrevendo a história

    Na tentativa de “recuperar” o passado do Império Otomano, Erdogan já anunciou que pretende reformar o ensino básico, de forma a que a História seja ensinada da “maneira certa”.

    “Não aceitaremos que tentem limitar a história do nosso Estado e da nossa nação a 90 anos. Vamos adotar todas as medidas [contra essa ideia], incluindo rever os livros da escola primária”, enfatizou. Isso incluiria um território que se estende para dentro da atual Grécia, partes do Iraque, descendo por toda a Síria e chegando até Jerusalém.

    Cerca de 50 mil professores foram afastados após o golpe de Estado, bem como a maioria dos líderes do exército. Também anunciou que pode transformar as escolas públicas em “centros de formação islâmica”.

    O site especializado em política internacional, Foreign Policy, denunciou que todos os mapas da Turquia mostrada na TV estatal nos últimos meses mostram um território maior que o oficial, avançando sobre regiões do Iraque, da Síria e da Grécia.

    Invadindo Jerusalém

    Em um discurso feito em meados de 2015, Erdogan afirmou ter o mesmo espírito de Saladino, e que deseja expulsar de Jerusalém a quem ele considera os cruzados modernos, unificando o mundo muçulmano.

    “Estou certo de que o grande comandante Saladino está reunindo todos os povos do Oriente Médio em um exército que derrotou os cruzados. Saladino está testemunhando o que estamos fazendo aqui espiritualmente. Eu estava em sua presença espiritual e dirijo-me a ele aqui em Hakkari com os homens poderosos da Turquia.”

    “Jerusalém não é para os cruzados… Alá testemunha isso. Um povo, uma bandeira, uma nação e um Estado! Jerusalém é para os muçulmanos e não para Israel”, enfatizou Erdogan.

    “Por que deveríamos continuar a ser amigos com aqueles que pisaram com suas botas no Monte do Templo? Eles insistem que temos de ser amigos? Eu digo, não seremos”, finalizou.


    Por Jarbas Aragão - Gospel Prime