terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Brasil cai em ranking mundial de educação em ciências, leitura e matemática

Dados do Pisa, prova feita em 70 países, foram divulgados nesta terça; Brasil ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.


resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados na manhã desta terça-feira (6), mostram uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. A queda de pontuação também refletiu uma queda do Brasil no ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.
A prova é coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. Ela acontece a cada três anos e oferece um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes, reúne informações sobre variáveis demográficas e sociais de cada país e oferece indicadores de monitoramento dos sistemas de ensino ao longo dos anos.
Top 5 do Pisa em CIÊNCIAS:
  1. Cingapura: 556 pontos
  2. Japão: 538 pontos
  3. Estônia: 534 pontos
  4. Taipei chinesa: 532 pontos
  5. Finlândia: 531 pontos
Top 5 do Pisa em LEITURA:
  1. Cingapura: 535 pontos
  2. Hong Kong (China): 527 pontos
  3. Canadá: 527 pontos
  4. Finlândia: 526 pontos
  5. Irlanda: 521 pontos
Top 5 do Pisa em MATEMÁTICA:
  1. Cingapura: 564 pontos
  2. Hong Kong (China): 548 pontos
  3. Macau (China): 544 pontos
  4. Taipei chinesa: 542 pontos
  5. Japão: 532 pontos
Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que não há motivos para comemorar os resultados do país no Pisa 2015, e afirmaram que, além de investir dinheiro na educação de uma forma mais inteligente, uma das prioridades deve ser a formação e a valorização do professor. "Questões como formação de professores, Base Nacional Comum e conectividade são estratégicas e podem fazer o Brasil virar esse jogo", afirmou Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.
"É fundamental rever os cursos de formação inicial e continuada, de maneira que os docentes estejam realmente preparados para os desafios da sala de aula (pesquisas mostram que os próprios professores demandam esse melhor preparo)", disse Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Movimento Todos pela Educação.
Para Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, parte da solução "passa também em superar a baixa atratividade dos jovens brasileiros pela carreira do magistério, ao contrário do que ocorre nos países que estão no topo do ranking mundial do Pisa. Nesses países, ser professor é sinônimo de prestígio social".

Participação do Brasil

No país, a prova fica sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A amostra brasileira contou com 23.141 estudantes de 841 escolas, que representam uma cobertura de 73% dos estudantes de 15 anos.
Em cada edição, o Pisa dá ênfase a uma das três áreas. Na deste ano, o foco foi ciências. Em 2015, a nota do país em ciências caiu de 405, na edição anterior, de 2012, para 401; em leitura, o desempenho do Brasil caiu de 410 para 407; já em matemática, a pontuação dos alunos brasileiros caiu de 391 para 377. Cingapura foi o país que ocupou a primeira colocação nas três áreas (556 pontos em ciências, 535 em leitura e 564 em matemática).
Segundo o Inep, não existem "evidências empíricas" para afirmar que houve "diferenças estatisticamente significativas" entre a pontuação dos estudantes brasileiros nas três áreas do Pisa entre 2015 e as três últimas edições da prova (2012, 2009 e 2006).
De acordo com os dados, os resultados dos estudantes em ciências e leitura são distribuídos em uma escala de sete níveis de proficiência (1b, 1a, 2, 3, 4, 5 e 6). Em matemática, a escala vai de 1 a 6. De acordo com a OCDE, o nível mínimo esperado é o nível 2, considerado básico para "a aprendizagem e a participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado".
No Brasil, em todas as três áreas, mais da metade dos estudantes ficaram abaixo do nível 2. Veja no gráfico:
Maioria dos brasileiros ficaram abaixo do nível básico de proficiência em todas as áreas do Pisa 2015 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Maioria dos brasileiros ficaram abaixo do nível básico de proficiência em todas as áreas do Pisa 2015 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Maioria dos brasileiros ficaram abaixo do nível básico de proficiência em todas as áreas do Pisa 2015 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Além disso, 4,38% dos alunos brasileiros ficaram abaixo até do nível mais baixo no qual a OCDE determina habilidades esperadas para os estudantes em ciências. Em leitura e matemática, esse índice foi de 7,06% e 43,74% em matemática (no caso, da matemática, porém, há seis níveis de proficiência, e não sete).
Participaram alunos de todos os estados brasileiros, mas, no Amapá e no Paraná, não houve um número mínimo de avaliações para garantir uma análise estatística ampla. Por isso, o Inep alerta que os dados referentes a estes estados sejam analisados com cautela.
Em ciências e leitura, o Espírito Santo foi o estado com a maior média (435 e 441 pontos, respectivamente). Em matemática, a média do Paraná foi a mais alta, com 406 pontos, e o Espírito Santo teve a segunda maior média: 405. Já Alagoas registrou a média mais baixa nas três áreas: 360 em ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.
Para Ricardo Falzetta, do Todos pela Educação, os dados mostram dois problemas principais. "Em primeiro lugar, que os nossos jovens não estão aprendendo conhecimentos básicos e fundamentais para que possam exercer plenamente sua cidadania enquanto jovens e depois, enquanto adultos, realizando seus projetos de vida. Em segundo lugar, a pesquisa aponta novamente – como vemos em diversos outros estudos, inclusive os nacionais – as enormes disparidades entre as regiões."
Veja abaixo os resultados do Brasil em cada área:

Ciências

A área de ciências foi o foco da prova neste ano. Os alunos foram avaliados de acordo com três competências científicas: explicar fenômenos cientificamente, avaliar e planejar experimentos científicos e interpretar dados e evidências cientificamente. De acordo com a OCDE, "um jovem letrado cientificamente está preparado para participar de discussões fundamentadas sobre questões relacionadas à Ciência, pois tem a capacidade de usar o conhecimento e a informação de maneira interativa".
As perguntas variavam entre o nível de dificuldade (baixo, médio e alto), e as respostas podiam ser dissertativas, de múltipla escolha simples ou múltipla escolha complexa. Os temas de ciências envolvem os sistemas físicos, vivos e sobre a Terra e o espaço, e foram abordados nos contextos pessoal, local/nacional e global.
Em ciências, 43,4% dos estudantes obtiveram pelo menos o nível 2 da escala de proficiência, segundo os dados divulgados nesta sexta. A média do Brasil na área foi de 401 pontos. Desde 2009, o desempenho do Brasil estava estagnado em 405, e agora recuou quatro pontos.
Veja a evolução do Brasil em ciências nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Veja a evolução do Brasil em ciências nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Veja a evolução do Brasil em ciências nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Desempenho em CIÊNCIAS:
  • Média dos países da OCDE: 493 pontos
  • Média do Brasil: 401 pontos
  • Brasil – rede federal: 517 pontos*
  • Brasil – rede privada: 487 pontos*
  • Brasil – rede estadual: 394 pontos
  • Brasil – rede municipal: 329 pontos**
    *Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é "estatisticamente diferente"
    **O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os estudantes ainda estão cursando o ensino fundamental
Os estudantes brasileiros que participaram do Pisa em 2015 apresentaram mais facilidade para interpretar dados e evidências cientificamente e mais dificuldade com a competência de avaliar e planejar experimentos científicos. As questões que tinham contexto pessoal foram mais fáceis tanto para brasileiros quanto para alunos de outros países: elas registraram um índice de acertos de 33,8% pelos estudantes do Brasil. As questões globais, por outro lado, só foram respondidas corretamente por cerca de 26% dos participantes.
"Apenas para ilustrar, se considerarmos os nossos resultados em ciências, atingimos 401 pontos, enquanto que os alunos dos países da OCDE obtiveram uma média de 493 pontos", afirmou Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna. "É uma diferença que equivale a aproximadamente ao aprendizado de três anos letivos!"
De acordo com o Inep, “representam pontos fortes dos estudantes brasileiros, de modo geral, os itens da competência explicar fenômenos cientificamente, de conhecimento de conteúdo, de resposta do tipo múltipla escolha simples. Por outro lado, representam pontos fracos os itens da competência interpretar dados e evidências cientificamente, de conhecimento procedimental, de resposta do tipo aberta e múltipla escolha complexa".

Leitura

O Pisa define o "letramento em leitura" como a capacidade de os estudantes entenderem e usarem os textos escritos, além de serem refletir e desenvolver conhecimentos a partir do contato com o texto escrito, além de participar da sociedade. A prova do Pisa avalia o domínio dos alunos em três aspectos da leitura: Localizar e recuperar informação, integrar e interpretar, e refletir e analisar.
Vários tipos de textos aparecem na prova, como os descritivos, narrativos e argumentativos, e há textos que apresentam situações pessoais, públicas, educacionais e ocupacionais.
No Pisa 2015, 50,99% dos estudantes ficaram abaixo do nível 2 de proficiência. A média de desempenho foi de 407 pontos. É a segunda queda consecutiva na área de leitura desde 2009.
Veja a evolução do Brasil em leitura nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Veja a evolução do Brasil em leitura nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Veja a evolução do Brasil em leitura nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Desempenho em LEITURA:
  • Média dos países da OCDE: 493 pontos
  • Média do Brasil: 407 pontos
  • Brasil – rede federal: 528 pontos*
  • Brasil – rede privada: 493 pontos*
  • Brasil – rede estadual: 402 pontos
  • Brasil – rede municipal: 325 pontos**
    *Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é "estatisticamente diferente"
    **O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os estudantes ainda estão cursando o ensino fundamental
"Os estudantes brasileiros mostraram melhor desempenho ao lidar com textos representativos de situação pessoal (por exemplo, e-mails, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoais, textos literários e textos informativos) e desempenho inferior ao lidar com textos de situação pública (por exemplo, textos e documentos oficiais, notas públicas e notícias)", avaliou o Inep, no documento divulgado à imprensa.

Matemática

A área de matemática do Pisa é onde o Brasil tem a pontuação mais baixa nas últimas cinco edições do programa. Porém, o país vinha registrando uma tendência de crescimento consistente. Na edição de 2012, o governo federal afirmou que o Brasil foi o país que mais evoluiu na pontuação média de matemática no Pisa. Porém, nesta edição, essa foi a área onde o Brasil teve a queda mais acentuada:
Veja a evolução do Brasil em leitura nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Veja a evolução do Brasil em leitura nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Veja a evolução do Brasil em leitura nas últimas seis edições do Pisa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Desempenho em MATEMÁTICA:
  • Média dos países da OCDE: 490 pontos
  • Média do Brasil: 377 pontos
  • Brasil – rede federal: 488 pontos*
  • Brasil – rede privada: 463 pontos*
  • Brasil – rede estadual: 369 pontos
  • Brasil – rede municipal: 311 pontos**
    *Segundo o Inep, o desempenho médio dos estudantes da rede federal e da rede priva não é "estatisticamente diferente"
    **O Inep ressalta que a rede municipal tem pontuação inferior porque, na maioria das escolas, os estudantes ainda estão cursando o ensino fundamental
"Os resultados do Brasil no Pisa são gravíssimos porque apontam uma estagnação em um patamar muito baixo. 70% dos alunos do Brasil abaixo do nível 2 em matemática é algo inaceitável. O Pisa é mais uma evidência do que vemos todos os dias nas escolas", afirmou Denis Mizne, da Fundação Lemann.
Os conteúdos matemáticos avaliados na prova do Pisa são relacionados a quantidade; incerteza e dados; mudanças e relações; espaço e forma. A OCDE considera como capacidades fundamentais da matemática atividades como delinear estratégias, raciocinar e argumentar, utilizar linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas e utilizar ferramentas matemáticas. Entre os processos matemáticos, o Pisa mede a habilidade dos estudantes de formular, empregar, interpretar e avaliar problemas.
De acordo com a avaliação do Inep, os estudantes brasileiros apresentaram "facilidade maior em lidar com a matemática envolvida diretamente com suas atividades cotidianas, sua família ou seus colegas". Além disso, "o manuseio com dinheiro ou a vivência com fatos que gerem contas aritméticas ou proporções é uma realidade mais próxima dos estudantes do que, por exemplo, espaço e forma", diz o órgão.

Entenda o Pisa

As provas do Pisa duram até duas horas e as questões podem ser de múltipla escolha ou dissertativas. Nesta edição, em alguns países, incluindo o Brasil, todos os estudantes fizeram provas em computadores. O exame é aplicado a uma amostra de alunos matriculados na rede pública ou privada de ensino a partir do 7° ano do ensino fundamental. Além de responderem às questões, os jovens preencheram um questionário com detalhes sobre sua vida na escola, em família e suas experiências de aprendizagem.
Do total de alunos da amostra brasileira, 77,7% estavam no ensino médio, 73,8% na rede estadual, 95,4% moravam em área urbana e 76,7% viviam em municípios do interior.
Estudantes de escolas indígenas, escolas rurais da região Norte ou escolas internacionais, além de alunos de escolas situadas em assentamentos rurais, comunidades quilombolas ou unidades de conservação sustentável não fizeram parte do estudo do Pisa. Segundo o Ministério da Educação, o motivo foram as dificuldades logísticas de aplicação da avaliação e o fato de certos grupos populacionais não terem necessariamente a língua portuguesa como língua de instrução.

Redes sociais se aliam contra 'conteúdos terroristas'

Nenhuma mensagem será retirada ou bloqueada automaticamente, e corresponderá a cada empresa avaliar se os conteúdos identificados violam suas próprias regras
Divulgação
Nenhuma mensagem será retirada ou bloqueada automaticamente, e corresponderá a cada empresa avaliar se os conteúdos identificados violam suas próprias regras
Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube anunciaram nesta segunda-feira (5) uma associação em escala mundial para identificar mais rapidamente "conteúdos com caráter terrorista" em suas plataformas.
As quatro empresas americanas planejam criar uma base de dados comum que inclua as "impressões digitais" de fotos e vídeos de propaganda e de recrutamento "terroristas" retirados de suas plataformas, segundo mensagem comum publicada em seus respectivos sites.
"Ao compartilhar estas informações entre nós, podemos utilizar (estas impressões digitais) para ajudar a identificar conteúdos potencialmente terroristas em nossas respectivas plataformas dirigidas ao grande público".
Mas nenhuma mensagem será retirada ou bloqueada automaticamente, e corresponderá a cada empresa avaliar se os conteúdos identificados violam suas próprias regras.
Cada uma decidirá também, de forma independente, que imagens e vídeos acrescenta à base de dados comum, que será iniciada com as imagens e vídeos "mais extremos e flagrantes" retirados de suas plataformas.
A iniciativa chega no momento em que Estados Unidos, Comissão Europeia e uma série de governos multiplicam seus apelos às redes sociais para que intensifiquem sua luta contra a propaganda jihadista on-line.

Governo propõe idade mínima de 65 anos para aposentadoria

Mudança na aposentadoria
Cedoc/RAC
Mudança na aposentadoria
A proposta de Reforma da Previdência apresentada nesta segunda-feira (5) pelo governo estipula uma idade mínima de aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres. Atualmente, não há uma idade mínima para os trabalhadores se aposentarem. Eles podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no dos homens. Para receber o benefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), que é a soma da idade e o tempo de contribuição.
O presidente e a equipe econômica do governo conduzem neste momento uma reunião com os líderes da base aliada na Câmara e no Senado para apresentar o texto da reforma. A proposta será encaminhado ao Congresso Nacional amanhã (6).
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu que os parlamentares façam o debate com os críticos à proposta durante a tramitação no Congresso. “Cito como curiosidade o primeiro regime previdenciário brasileiro em 1934 tinha idade mínima de 65 anos, que é a idade que está sendo proposta agora”, afirmou Padilha, ao abrir a reunião com os parlamentares.
O ministro admitiu que o assunto é "árido” mas disse que as mudanças precisam ser feitas. O conteúdo da proposta ainda não foi divulgado pelo Palácio do Planalto. Ainda hoje as centrais sindicais vão se reunir com Padilha para discutir o assunto. A expectativa é de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, convoquem uma entrevista coletiva para detalhar as medidas.
Em discurso aos senadores e deputados, Michel Temer reconheceu também que o assunto é “espinhoso” e que é preciso “equilíbrio, serenidade e transparência” na tramitação do projeto. Temer lembrou que, como a reforma será encaminhada por meio de proposta de emenda à Constituição, não caberá a ele sancionar ou vetar a medida, já que após as aprovações no Congresso as mudanças serão promulgadas. Ele acrescentou ainda que "É lá [no Parlamento] que vários setores e as centrais sindicais irão se dirigir para postulações", acrescentou.

Gaga sofre de estresse pós-traumático por causa de estupro

Em 2014, Gaga revelou que foi estuprada aos 19 anos, o que desencadeou o transtorno.
DANIEL LEAL-OLIVAS / AFP
Em 2014, Gaga revelou que foi estuprada aos 19 anos, o que desencadeou o transtorno.
 Na última segunda-feira (5), em entrevista ao Today Show, Lady Gaga revelou o que considera seu maior segredo: um transtorno mental causado pelo estupro que sofreu aos 19 anos.
O programa mostrou um vídeo da cantora em um abrigo em Nova York para jovens LGBT, o Ali Forney Center. Lá, ela trocou experiências com os residentes, doou roupas e outros itens essenciais, fez um show e revelou que sofre de transtorno de estresse pós-traumático.
"Eu disse às crianças que sofro de uma doença mental - eu sofro de estresse pós-traumático. Eu nunca disse isso antes a ninguém, então, aqui estamos. Mas, a gentileza que os médicos me mostraram, assim como minha família e meus amigos, realmente salvou minha vida", disse a cantora. Em 2014, Gaga revelou que foi estuprada aos 19 anos, o que desencadeou o transtorno.
Na entrevista, a cantora também afirmou que espera que dividir seu trauma ajude a empoderar jovens para que eles se abram sobre seus problemas. Um dos residentes do abrigo disse a Gaga que ouviu muitas vezes o álbum Born This Way quando sua família o rejeitou por ser gay.
Depois de conversar com os jovens do abrigo individualmente, a cantora liderou um círculo de meditação. "Meditação me ajuda a me acalmar. Eu não tenho os mesmos problemas que vocês, mas eu tenho um transtorno mental e luto com ele todos os dias", disse aos residentes.

Brinco de Ouro está em lista de estádios interditados

Guarani trabalha para solucionar a situação e, por isso, conta com o Brinco de Ouro para a estreia na Série A2
Cedoc/RAC
Guarani trabalha para solucionar a situação e, por isso, conta com o Brinco de Ouro para a estreia na Série A2
O Brinco de Ouro entrou na lista de estádios interditados divulgada pela Federação Paulista de Futebol, por meio de seu site oficial, nesta segunda-feira (5). No total, 57 praças esportivas não estão liberadas pela entidade. Na Série A2, divisão que o Guarani disputará novamente ano que vem, apenas três clubes estão com as casas 'em ordem' - Água Santa, Capivariano e Juventus. Dezesseis clubes estão com os estádios interditados e o Oeste ainda não definiu onde mandará suas partidas, por isso não consta na relação.
No caso do Guarani, a interdição se dá por conta do vencimento dos laudos de prevenção e combate a incêndio e o de segurança, que expiraram no último dia 30 de novembro. Em relação a outras exigências, não há nenhum problema. O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é válido até 30 de novembro do ano que vem, o laudo de condições sanitárias e de higiene vai até 14 de julho e a vistoria de engenharia tem prazo final apenas em 2018.
A interdição parcial, no entanto, não deve atrapalhar o Bugre. O clube trabalha para solucionar a situação e, por isso, conta com seu estádio para a estreia na Série A2, marcada para o dia 29 de janeiro, contra o Oeste.

SUMARÉ : Servidores decidem hoje se cruzam os braços Cidades

IMPASSE | Servidores vão decidir se entram em greve














Os servidores municipais de Sumaré marcaram uma assembleia para hoje com o objetivo de decidir se entram em greve. Eles apontam que ainda não receberam a primeira parcela do 13º salário. "A intenção é discutir o pagamento do 13º e do salário de dezembro (...) Eles querem saber se haverá garantia da prefeitura dos pagamentos", explicou o presidente do Sindissu (Sindicato dos Servidores Municipais de Sumaré), Sandro Barboza.
De acordo com ele, caso a maioria vote pela paralisação, a greve deve ter início na sexta. "Não veio a primeira parcela e não tem posicionamento, assim como do salário de dezembro. Há o receio de que não seja pago este ano, pois a gestão encerra dia 23", afirmou.
A categoria programou se reunir às 17h em frente à Câmara. São 5,6 mil servidores municipais em Sumaré. O TODODIA questionou a Prefeitura de Sumaré sobre os pagamentos e previsões, mas até o fechamento da edição não houve retorno.
| PEDRO HEIDERICH

Campinas : Jonas Donizette ; Suposto plano de abrir escritório é questionado

O vereador Pedro Tourinho (PT) protocolou na Câmara de Campinas, ontem, requerimento para cobrar esclarecimentos do prefeito Jonas Donizette (PSB) sobre a suposta instalação de um escritório da administração municipal na cidade de Dongguan, na China.
"É engraçado que o prefeito fecha a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central, reduz horário de atendimentos de postos de saúde, deixa a população na mão e abre escritório na China", criticou o parlamentar.
No requerimento, ele questiona qual o projeto que será desenvolvido, quais os custos e quem vai arcar com eles e como serão escolhidos e distribuídos os funcionários. "É importante saber quais setores serão privilegiados e porquê", disse Tourinho.
O prefeito embarcou no último final de semana para o Oriente para "trocar experiências e atrair investimentos dos chineses", segundo a prefeitura, em nota. A administração comunicou que ele ficará no país entre os dias 5 e 11. Em sua página no Facebook, Jonas publicou um vídeo enquanto fazia escala na fábrica da empresa BYD (multinacional chinesa com investimentos em Campinas), em Lancaster, na Califórnia (EUA). Ele disse que a viagem é custeada pela empresa e não tem uso de verbas municipais.
"Meu objetivo é atrair mais investimentos para a nossa cidade, para que possamos criar mais ofertas de emprego e sairmos o quanto antes da crise que afeta o nosso País", escreveu ele, em resposta a um usuário que questionava os custos da visita.
A prefeitura foi questionada pela reportagem, mas não comentou sobre o suposto escritório. A BYD tem uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas e até o final do ano deve iniciar a produção de painéis fotovoltaicos no município.